A página 5 do Público de hoje vale os 0,90 euros que custam jornal. Até me arrisco a estimar que a crónica do Pacheco Pereira vale uns bons 80 cêntimos e a do Prado Coelho os restantes 10.
Sem me alongar em considerandos sobre o futuro da imprensa ‘tradicional’ face aos desafios do online e da imprensa gratuita, limito-me a constatar que são exemplos como este que me fazem acreditar que haverá sempre mercado para os jornais pagos. Desde que, claro!, façam por merecer o facto de termos de desembolsar dinheiro para lê-los. E isso passará, sobretudo, pelas vertentes de opinião, reportagem e contextualização da notícia 'rotineira'.
Permito-me transcrever excertos dos artigos que motivaram este “post”:
Porque razão a democracia tem medo de Salazar? (Pacheco Pereira)
“(...) Por último, há uma razão muito simples, que ninguém quer admitir, e que tem a ver com a permanência nos valores mentais, nos hábitos da nossa democracia, dos quadros do Portugal de Salazar. Valores como o “respeitinho”, a hipocrisia pública, a retórica antipolítica, a tentação de considerar que o suprapartidário é bom, a obsessão pelo “consenso”, o medo da controvérsia, a cunha e a clientela, mesmo a corrupção pequena, a falta de espírito crítico desde as artes e letras até à imprensa e Igreja, tudo vem do quadro do salazarismo e reprodu-lo.”
Corrupções (Prado Coelho)
“Alberto João Jardim é um caso extraordinário. Ao vê-lo sentimos uma repulsa imensa por esta personagem não apenas demagógica mas rasteira e medíocre. Tem tido o dinheiro que quer sem prestar contas dele. Revela a mais total rejeição dos princípios democráticos.”
Sem me alongar em considerandos sobre o futuro da imprensa ‘tradicional’ face aos desafios do online e da imprensa gratuita, limito-me a constatar que são exemplos como este que me fazem acreditar que haverá sempre mercado para os jornais pagos. Desde que, claro!, façam por merecer o facto de termos de desembolsar dinheiro para lê-los. E isso passará, sobretudo, pelas vertentes de opinião, reportagem e contextualização da notícia 'rotineira'.
Permito-me transcrever excertos dos artigos que motivaram este “post”:
Porque razão a democracia tem medo de Salazar? (Pacheco Pereira)
“(...) Por último, há uma razão muito simples, que ninguém quer admitir, e que tem a ver com a permanência nos valores mentais, nos hábitos da nossa democracia, dos quadros do Portugal de Salazar. Valores como o “respeitinho”, a hipocrisia pública, a retórica antipolítica, a tentação de considerar que o suprapartidário é bom, a obsessão pelo “consenso”, o medo da controvérsia, a cunha e a clientela, mesmo a corrupção pequena, a falta de espírito crítico desde as artes e letras até à imprensa e Igreja, tudo vem do quadro do salazarismo e reprodu-lo.”
Corrupções (Prado Coelho)
“Alberto João Jardim é um caso extraordinário. Ao vê-lo sentimos uma repulsa imensa por esta personagem não apenas demagógica mas rasteira e medíocre. Tem tido o dinheiro que quer sem prestar contas dele. Revela a mais total rejeição dos princípios democráticos.”
1 comment:
Embora merecidos, é bom para o Público que o EPC não encerre o seu discurso nos longos e, muitas vezes monótonos, panegíricos à Ana Moreira, à Beatriz Batarda e à Teresa Villaverde.
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