Bem sei que não tenho por hábito expor aqui as minhas opiniões políticas. Faço-o, sobretuto, porque não gosto de andar a mandar bitaites sobre aquilo que é a posição subalterna da política portuguesa em relação àquilo que se vai passando no mundo, e mais, não tenho por propósito fazer aqui de Saraiva, de Delgado ou de Pereira nem andar a comentar manobras ministeriais e parlamentares bem ao estilo de Clara Ferreira Alves com o seu ar de uma gravidade que anda nos antípodas do seu pensamento.
Há, no entanto, questões amplas que se me colocam e uma delas é perceber até que ponto a direita é séria quando defende a manutenção de determinados costumes ou valores quando é precisamente o seu ideário económico o principal responsável pela erosão desses mesmos valores. Talvez não seja uma questão de seriedade, nem poderemos apontar a Paulo Portas o defeito de ser estúpido, talvez, isso sim, o de ser hipócrita e cínico. Quanto à base social da direita em Portugal, essa reflexão ficará para outro dia.
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