Tuesday, November 21, 2006

Sessão da noite... Don Don Don

Foi em 2000, que não estreiou o filme de mais um trânsfuga que, como outros que surgiram nesta altura, marcavam a diferença como realizadores publicitários ou de telediscos e deram o salto cinematográfico. Jonathan Glazer e companhia sabiam mais do que apenas embrulhar de maneira espectacular, em regra, hora e meia, o maior dos vazios, sem saber o que fazer com o tempo que lhes foi concedido e mantendo-se fechados no laboratório formal e narrativo da publicidade e dos video-clips.
E, quando não é a história a desafiar as convenções, basta um outro olhar para a diferenciar das restantes. Veja-se o tão banalizado tema do relutante "one last job". Aqui, a obrigação chama-se Don Logan, o persuasor! E a ele obedece-se! Ben Kingsley é o Ghandi do diabo!
Filmam-se pessoas, histórias que vão para além do golpe. Depois, alia-se a imagem ao som, aplicando uma banda-sonora ideal para transmitir a tensão e receio até ao fim. Pelo meio, pequenos toques na arte de filmar fazem o truque e integram forma e função, estilo e conteúdo, numa linguagem própria, cuidado visual e estetismo impecável.
Do melhor que já foi feito e ainda melhor interpretado, mas não para nós...
P.S. - Ouçam os sons do psicopata Kingsley e nos próximos posts exemplos do trabalho de Glazer em videoclip e anúncio...

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