Friday, November 24, 2006

Proposição das espécies

Aquela coisa do «ela não a vê contigo» é uma maldição teórica da qual nenhum homem jamais conseguirá escapar. O «ela não a vê contigo» até poderia ser uma novela assim a dar para o saloio da TVI com todos aqueles jogos de luta de classes (curioso irem buscar o modelo marxista para escrever argumentos que estão na cabeça de toda a gente), mas não é. A realidade assim o prova, porque quando existe a asserção de que «ela não a vê contigo» estamos perante uma verdadeira evidência epistemológica, uma teoria da verdade que nem a irrefutabilidade das hipóteses Popperiana poderá contra-argumentar. Ou seja, o «ela não a vê contigo» é aquela blindagem produzida pelo superego de muita gente que não se dá ao trabalho de fornicar convenientemente e apenas se vê na situação ad eternum de manter a aparência inócua da sua existência. E as coisas são mesmo assim. Quando se trata de coisas inócuas, não existe contra-evidência possível, não existe uma produção de irracionalismo que ali chegue porque as coisas já são tão evidentes que a teoria das espécies assim como começa termina logo ali.
Quando estas coisas nos chegam à cabeça, nada como adormecer embalado pelo infame filólogo alemão dos bigodes - Also Sprach Zaratustra - porque o irracionalismo é o belo e terrível emergir da fissura pendente.

4 comments:

Anonymous said...

Quando "ela nao a ve contigo" é porque "ela", esta de costas, enquanto um dos primos do 3 beiços lhe da cabo da fissura pendente...

Anonymous said...

Se "ela não a ve contigo", é porque "ela" esta de costas enquanto um dos primos do 3 beiços lhe da cabo da fissura pendente...

Anonymous said...

Se "ela não a ve contigo", é porque "ela" esta de costas enquanto um dos primos do 3 beiços lhe da cabo da fissura pendente...

Anonymous said...

ler todo o blog, muito bom