Saturday, November 18, 2006

as crianças

Adam Moore retrata os paradoxos. Como nalgumas imagens do metro de Moscovo, com figuras rústicas e meio mortas, pela sua herança histórica, no meio da modernidade, ou num edifício em ruínas em Berlim - contradição mais gingantesca da união alemã e, no entanto, o legado terrível do seu imperialismo -, aqui, o fotógrafo capta duas figuras: de uma, emana a esperança, da outra, a ausência pura e terrível do olhar que se perde apenas por si. E, ao fundo, temos o rosto da criança que já não é criança e que, no entanto, está no centro, a retirar todo o significado àquilo que os outros dois pretenderão ou não quererão ser.

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