Passei a tarde a "sacar" e a ouvir compulsivamente (não aquela coisa dos transtornos maníacos) os "B-Sides" dos Arcade Fire e devo dizer que fiquei completamente siderado. Com cada preciosidade musical, meu Deus (esta era escusada, logo eu que faria tão bem o papel de Robespierre a ordenar guilhotina a tudo o que é mente sacra)! Virgin Mary Highway, por exemplo, é uma peça para a eternidade da beleza melancólica que tanto prezo (We've both felt love before even if we deny it/That familiar feeling of believing that we'll die without it/Be we never do, well not completely). E é sempre aprazível sentir o charme da Régine Chassagne a entrar-nos pela casa dentro.
De resto, só espero que um DJ Vajaina qualquer não se lembre agora de vir fazer uma remistura, assim género daquelas pós-modernices manhosas que só os génios alcançam, com umas pitadas de Reggae e com um afro-muçulmano a recitar passagens do Corão. É que para fenómenos merdosos já me chegam aqueles fashion-alternativos que duram assim uns dois meses e após isso já nem na boca dos seus mediadores alcançam qualquer ovação - porque isto de música tem prazos, estão a ver.