os gatinhos
Tia Cremilde, dito desta forma é difícil. Fico um pouco transtornado e, como a tia bem sabe, não é de ânimo leve que abro a boca, ainda mais quando acabei de ler Wittgenstein. é como se quisesse dizer tudo e as coisas me passassem ao lado. é como se quisesse transpor o inefável para as coisas práticas da vida...aliás, é querer falar, transimitir todos os bons sentimentos e, de repente, esbarrar com a minha boca cheia a cuspir miolos.
E é precisamente aí que não me compreendem. Enchessse a minha bagageira de gatos e estaria em condições de falar e não deitar assim tanto refugo da boca, como é habitual.
Tia cremilde, este é um registo telegráfico daquilo que em breve irei desenvolver, pois sei que sempre manisfestou preocupações elevadas quando me oferecia aquelas fatias de merda, perdão, de bolo de chocolate a dar para o ranço. E, apesar das cólicas, da danação que a coisa provocava, ao ponto de olhar com cínico constragimento para o meu estrebuchar no chão, reconheço hoje, sem qualquer ponta de ironia, que a tia Cremilde agiu sempre por bem. E quando as pessoas agem por bem não há ninguém que as possa repreender, não é? Como tal, nunca poderei ter nada com que a censurar. Repito: não é?
2 comments:
Sim, é. Tia Cremilde é um modelo da bondade introspectiva (REALMENTE introspectiva, rs).
Um manicômio isto aqui...e gosto mesmo de manicômios!
Mas, ao que interessa, obrigada a vocês por me terem lincado e, mais, pelos recadinhos sempre doces e em 2ª pessoa (que no Brasil nunca usamos). Desculpem-me a demora, aqui o Carnaval é um estado de espírito, entra pelos poros e nos deixa preguiçosos e beberrões.
Quanto à visita trissômica, aguardo ansiosamente; Aqui (ou cá, como quiserem) sempre cabe mais um à mesa...
Beijinhos!
É!!
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