Nunca comemorei este dia parolo, porque em nenhum ano tive namorada no dia 14 de Fevereiro. Poderão estar a pensar: Coitado! Desenganem-se. É um motivo de orgulho, de enorme e pujante glória, de raça da minha individualidade solipsista.
Um dia quis comemorar, juntar-me ao rebanho, mas na altura a Francisca estava zangada (nome fictício) hormonalmente. Ainda me lembrei, inspirado por um filme do Woody Allen, de contratar uma puta espampanante para ir comigo comer um arroz Chau-Chau e uns "clepes".
A única puta com as características referidas recusou. Nesse dia estava de folga e também ia comer uns "clepes", mas com o namorado, o Quim Tó. A partir desse dia desisti, não por causa do Quim Tó, mas por achar que não há uma pessoa nem um dia exclusivos para amar. Muitos dias e muitas pessoas, isso sim!
5 comments:
Este comentário aproxima-se em muito da qualidade dos escritos da Clara Ferreira Alves - uma intelectual da mais fina nata. Parabéns!
Quanto ao conteúdo, abstenho-me do contraditório. Teria de escrever um ensaio e não tenho tempo nem pachorra.
Cumprimentos
se há um dia de instituída comemoração que acho parolíssimo, é este.
se há um dia de instituída comemoração que eu acho parolíssimo, é este.
Tantas pessoas e tão pouco tempo...!
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