Que porra fez o Cannavaro senão alguns bons jogos no Mundial? Já não bastou ter-lhe concedido um bilhete galático para Madrid?
E o Buffon? Não foi ele que esteve lesionado a maior parte da época? Sim! Fez algumas belíssimas defesas no Mundial mas, à parte disso, um honroso segundo lugar este ano com base em quê? Será que foi por ser o titular da Vecchia Signora, um clube que saiu da Liga dos Campeões nos quartos-de-final e que se encontra na segunda divisão Italiana por ter dirigentes corruptos que combinam resultados para ganhar scudettos? Já para não falar nos antecedentes anti-dopantes que aquela equipa provoca nos seus jogadores e que o defesa tão satisfeito os promoveu no seu home-movie enquanto tomava a sua dose cavalar.
Bem sei que são ambos jogadores de categoria nas suas posições, mas não será necessário demonstrá-lo no ano em que se ganha um prémio deste nível? Se apenas foram distinguidos pelas suas performances no Mundial, então porque não Pirlo? Ou Luca Toni?
Esperem lá, os prémios referentes a esta competição já não foram atribuídos? E, sinceramente, se essa foi a razão, será que ninguém se lembra que só foram campeões do mundo porque seguiram em frente depois daquele vergonhoso jogo contra a Austrália? Adiante!
Comparativamente, Henry carregou um Arsenal à final da Liga dos Campeões e, neste percurso, ainda marcou contra Cannavaro e Buffon ao derrotar a Juve, nos quartos-finais da Champions. No Mundial, jogou igualmente na final e antes já tinha mandado o Brasil de Ronaldinho, o anterior bi-vencedor do prémio agora atribuido, para casa. E quase esquecia! Foi o melhor marcador da Premier League que é, para muitos, a melhor e mais dura liga no mundo.
Pode então dizer-se que é um looser por ter perdido ambas as competições? Talvez. Se calhar Luca Toni, por também ter feito parte da Squadra Azzurra e ter tido uma época de sonho, sendo o melhor marcador europeu, merecesse figurar entre os três. Faltou-lhe a grande transferência que gera receitas a todos para se apostar num cavalo de uma corrida apenas.
Mas, se tal acontecesse, aceitava muito melhor e a tirar alguém do podium, tirava um dos dois primeiros e mantinha o Henry que é o jogador que todos conhecemos ano após ano, o que parece não bastar para se ser reconhecido...
Isto para não falar em termos de entretenimento. É que não me recordo de jogo mais secante que aquela final italiana de 2003.
Pelo menos, o Henry é um bom entertainer...
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