Sempre mostrei um interesse bastante premente pela questão da pós-modernidade, não tanto por questões intelectivas, mas mais por motivos relacionados com a ética, neste caso, uma ética cínica. Ou seja, ao afirmar que sou pós-moderno tenho sempre a minha sacanice legitimada. Ela pergunta: «Quando nos vemos de novo?» E eu respondo com o ar mais circunspecto que me é possível: «Não sei, mas não fiques à espera que te diga alguma coisa porque sou pós-moderno e, como sabes, isso conduz-me a um relativo desprendimento».
Ela cala-se sem saber muito bem o que quis dizer e lá se varre a minha má-consciência que sempre teve uma forma assim um pouco a dar para o judaico. E estes pesos bem que têm de sair de cima de nós, têm têm.
1 comment:
:) sim... muito sacaninha
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