Um homem procura normalmente um ente feminino (não me acusem de ser homofóbico) com quem partilhar coisas do corpo, coisas da alma, coisas da braguilha, coisas suspirantes e sussurantes, coisas doces e amenas, coisas que revolvem e se tornam violentas.
Ao Sábado, o drama de não ter gaja não passa tanto por aí. É mais o acto simbolicamente falhado de, ao comprar o Público, não ter uma, de preferência burguesinha e burra, para o singelo acto de: "Olha, toma este suplemento (Xis) para teres alguma coisa com que te entreter". O mesmo é dizer: "Toma lá isto e fica calada". Não sejamos, portanto, ingénuos e apreciemos a funcionalidade social de cada objecto. Na minha situação presente, a questão torna-se mais bicuda, pois há ali algo que carece de funcionalidade. Aquele objecto curandeiro das maleitas hedonistas da sociedade contemporânea fica para ali jogado, vago e morto, à espera do lugar que merece, the garbage.
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