Wednesday, July 19, 2006

desabafos

Este espaço foi encarado como um hiper-espaço em segunda mão, género as sobras que saem do frigorifico e vão prontinhas para o forno em processo de ultrajante requentamento. Felizmente, os insuspeitos autores desta coisa ainda não sofreram qualquer processo de criogenização, o que os leva a circular e a pensar em liberdade sem terem de andar em demanda da Conquista do Pão (algo em tempos editado por uma instância grosseira e burguesa com o nome de Guimarães Editora). Sim, porque não é por não destruirmos palácios que virá a má-consciência das iniquidades mundanas pairar sobre estas bandas. São concepções, e boa razão tinha Bernard-Henri Lévy quando afirmou que a nostalgia das comunidades justas não é senão uma espécie de fascismo de outra ordem. Mas vão-lhes dizer isso e depois não se queixem de ser atirados para o lamaçal da indignidade, típico de uma tragédia grega, quais Creontes posteriormente castigados pela ira dos deuses por não terem feito justiça aos seus filhos. Valeria, portanto, a pena que os teólogos da moral dessem uma saltada cinematográfica pelo Adeus Minha Concubina para verificarem que afinal tudo é questionável e sempre pensável sob várias perspectivas. É essa a minha concepção do mundo e em relação a isso não farei a mínima cedência.
A Rede é um espaço rizomático, sem centro, consequentemente, quem aleatoriamente vier parar aqui por engano e não gostar, nós não nos importamos. Deixem fluir as possibilidades do rizoma e sigam para outras paragens, desde que estas contenham, pelo menos, algumas multiplicidades e não se guiem sempre pelo mésmo código.

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