Continuando na senda da descoberta do som... regresso ao passado...
Já lá vão mais de 20 anos... mais de 10 no meu caso e, a propósito da Íntima, aconselho que seja ouvida com atenção. Não serve a escuta dentro de carros em movimento que não sejam muito silenciosos, a escuta em rádios colocados sobre os balcões de restaurantes de bitoques, a escuta em balcões de roulottes de venda de cachorros ou farturas, a escuta em pequenos rádios a pilhas sem qualidade áudio, a escuta em salões de jogos. Não serve. A sua audição é para ser feita com headphones no quarto, na sala, em boas aparelhagens, nos carros parados ou a andar lentamente, em rádios portáteis na praia (à noite) ou no meio do campo, num quarto escondido e perdido no meio da cidade, sozinho, a olhar para a janela. A IF serve para desenhar com os ouvidos e não, não induz ao sono, induz ao sonho.
"Imagine a radio program like no other. One that makes public those artworks that have no place in traditional broadcasting. A radio program that is an archive of the new, the undiscovered, the forgotten, the impossible. That is an invisible gallery, a virtual arts centre whose location is at once local, global and timeless. And that is itself a work of art."
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