Friday, May 29, 2009

Thursday, May 28, 2009

Tuesday, May 26, 2009

Tuesday, May 19, 2009

Patrick Watson - Fireweed

Gosto do novo álbum

Sunday, May 17, 2009


1 - Gutted (Burial)
2 - Untitled 2 (Burial)
3 - Shell of light (Untrue)
4 - Southern comfort (Burial)
5 - Untitled (Burial)
6 - Prayer (Burial)
7 - Untitled (Untrue)
8 - UK (Untrue)
9 - Exit wounds (Ghost hardware)
10 - Distant lights (Distant lights EP)
11 - Endorphin (Untrue)
12 - Block party - Where is home (Burial Remix) - Flux CDS
13 - Raver (Untrue)
14 - Shutta (Ghost hardware)
15 - Wounder (Burial)
16 - Night bus (Burial)
17 - In McDonalds (Untrue)
18 - Forgive (Burial)
19 - Moth (Moth / Wolf club 12'')

Download: http://www.mediafire.com/file/gyyn3wtmknv/Burial mixtape.mp3
Rigaut suicidou-se e, antes, num exercício louvável, tentou estancar a epidemia suicida que alastrou na América. Rigaut escreveu para o New York Times, mas sem efeito. Os jovens continuaram a saltar das pontes e, um deles, morreu voluntariamente num hotel de luxo, tal como Riigaut aconselhara. O episódio precipitou o acontecimento esperado. Apesar da carta para o NYT, Rigaut acabou mesmo por se suicidar.
uma arte, a das frases curtas. muito pouco para dizer.não se diz, atalha-se. a escrita, a eterna escrita, perdi o manual. uma arte fecunda, a de partilhar as coisas que habitam e não se tocam, se esfumam lentamente. morrem aos poucos, nascer já é começar a morrer, paradoxo.

Saturday, May 16, 2009

Inquietações sonoras

... não sei por que não consigo desligar o amplificador e respirar por conta própria.

Wednesday, May 13, 2009

coisas

Dostoievski, em Cadernos do Subterrâneo, mas sem cotação em bolsa. Euribor desce para os não sei quantos pontos e Flaubert sobrevive. A crise instala-se, Sartre vem para a rua, sobe à tribuna, fala com o povo e, mesmo assim, anos depois, o sistema financeiro entra em colapso, põe muita gente a falar sobre muita coisa que nem eu nem eles entendem e a arte teima em não morrer. Deleuze, Foucault, anos 70, glória temporária. Décadas depois, Microsoft e Apple, brands and super brands tornam-se superstars. Seth Godin também e, porque não, Sócrates e Luís Paixão Martins. Mesmo assim, os filósofos suicidas sobrevivem a uns quantos. As páginas do El País ainda têm crónicas de bons escritores. É o caso de Antonio Muñoz Molina, sem branding. Por aqui, os dias também sobrevivem, lentos, sobretudo cá dentro. Eu, que queria acelerar o processo, não consigo; mas sou um rizoma, sem centro, em suma, um espaço de fuga. Benjamim, morte voluntária, coleccionador de citações, nunca caídas em bolsa. Já eu vim só escrever um pouquinho e, mesmo que seja algo estúpido e aparentemente sem nexo, já dá para escapar à sensação crescente de não ter com quem falar.

Friday, May 08, 2009

http://dnots.com/


Em uma noite escura
De amor em vivas ânsias inflamada
Oh! Ditosa ventura!
Saí sem ser notada,
´stando já minha casa sossegada.

Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada,
Oh! Ditosa ventura!
Na escuridão, velada,
´stando já minha casa sossegada.

Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,
Nem eu olhava coisa alguma,
Sem outra luz nem guia
Além da que no coração me ardia.

Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia
Aonde me esperava
Quem eu bem conhecia,
Em lugar onde ninguém aparecia.

Oh! noite, que me guiaste,
Oh! noite, amável mais do que a alvorada
Oh! noite, que juntaste
Amado com amada,
Amada no amado transformada!

Em meu peito florido
Que, inteiro, para ele só guardava,
Quedou-se adormecido,
E eu, terna o regalava,
E dos cedros o leque o refrescava.

Da ameia a brisa amena,
Quando eu os seus cabelos afagava,
Com sua mão serena
Em meu colo soprava,
E meus sentidos todos transportava.

Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado;
Tudo cessou. Deixei-me,
Largando meu cuidado
Por entre as açucenas olvidado.

S. João da Cruz (1542-1591)

Thursday, May 07, 2009

I... é assim que sei das coisas...

http://www.ionline.pt/iblogs/38-adriano-nobre-os-dias-dos-numeros

Antevêem-se problemas no Verão. Vêm emigrantes e turistas francófonos. Como é que o senhor do quiosque vai saber se estão a pedir "o i" ou apenas a assentir "oui"?

Tuesday, May 05, 2009

10/10 Auto-crítica do crítico


Olá, sou o Célio Pedra. Destaco-me como um brilhante crítico musical, e proponho-me assinar esta página pela primeira vez.
Para celebrar o meu baptismo, achei necessário falar da única coisa que poderá estar acima da música: eu próprio.

Às vezes, o crítico está acima do músico sobre o qual se escreve. Eu sou um desses casos. E estou sempre acima dos músicos sobre os quais escrevo (aliás, eu escrevo sobre - e não sob - música, logo estou acima da própria música...).
Neste aliciante desafio de escrever sobre mim próprio farei uma análise cuidada de todos os defeitos e qualidades que me são inerentes.
Defeitos, confesso que não encontrei nenhum, apesar dos esforçados esforços, passe a redundância.
As qualidades, essas, choveram em catadupa (e obrigaram-me, até, a um acto de preguiça na sua recolha, tal a abundância).
Desde já, sou bastante modesto, apesar das traiçoeiras aparências. Quando alguém me pergunta o número de CD's que possuo em casa, respondo ao curioso (certamente orgulhoso dos 200 discos no seu lar) da seguinte forma: «Poucos», a que acrescento de imediato: «Para aí uns nove mil, talvez mais, só CD's. O vinil, esse, já lhe perdi a conta». Este golpe de modéstia, reconheço, é mortal, e o uso da palavra « poucos» é fundamental. Num diminuto conjunto de palavras, reduzo o indivíduo à sua insignificância (200 CD's hein?) e demonstro a minha humildade de crítico... Admito que o primeiro intuito era o mais importante.
A minha cutura musical é abissal e insuperável. Sou o crítico que mais percebe de música. Ler o que os outros escrevem é uma actividade que me lembra a de um professor que corrige os testes dos seus alunos. Deixo-me dominar pelo sentimento de desprezo (em relação aos meus colegas de escrita, claro). Porque estou lá bem em cima. O meu conhecimento musical abrange desde o hip-hop Tailandês (eu percebo o hip-hop) ao gospel da Guiné-Conacri, passando pela onda de revitalização do punk do Bangladesh dos finais da década de 80. Impressionante! Quem me acompanha neste background musical? Ninguém. Para quê então ler os artigos dos outros?
A minha conduta guia-se por outras qualidades extremamente humanas, como a piedade, por exemplo. Quando penso em vocês, leitores, esse sentimento tão próprio dos nossos seres invade-me. Penso na quantidade de boa música que ignoram, nas viagens profissionais a outros países (com direito a estada nos melhores hotéis) que não fazem, na vossa impossibilidade de serem venerados como eu. Tenho pena de vocês e acho que isso é positivo, porque a piedade tem sempre um bom fundo.
Sou um indivíduo interessante e o facto de me apresentar como crítico musical desperta o fascínio das pessoas que me rodeiam. Por momentos, têm na sua frente um homem que é dotado de um conhecimento musical enciclopédico, que domina a escrita como um invulgar talento e que já passou pelas mais invejadas experiências, convivendo pessoalmente com os mais célebres músicos. O sucesso perante o sexo feminino é garantido, embora dispense as minhas galhardias profissionais para o triunfo neste campo. O meu charme já lá está.
Na verdade, acho-me um tipo fabuloso. A escala classificativa de 1 a 10 revela-se pouco propícia para uma auto-análise, tão terrena e estreita que é para o meu ego.
Vou dar-me 10 em 10... Mas merecia mais.

Estás despedido - A direcção

Monday, May 04, 2009

Piano


To the noose, to the neck, to the boost, to the check
To the micic, to the psychic, to the circuit
To the games pays to blame
To the freedom, make it rain, make it sane
Make it dance, not a chance, see her run
See her come, take her kindly
She is dark eyed, no soul, no soul
She is lifeline to the heartbeat
Can't feel the heartbeat

To the flowers, to the bunches,
To the lunches, to the punches
To the noose, to the neck, to the boost, to the check
To the micic, to the psychic, to the circuit
To the games pays to blame
To the freedom, make it rain, make it sane
Make it dance, not a chance, see her run
See her come, take her kindly
She is dark eyed, no soul, no soul
She is lifeline to the heartbeat
Can't feel the heartbeat

To the flowers, to the bunches,
To the lunches, to the punches
To the good, to the clean
And i'll be you're ugly

To the occasion, to the lie
Kiss beneath, bridge of size
Not some moaning, until they homing
And they spoil it all

To the noose, to the neck, to the boost, to the check
To the micic, to the psychic, to the circuit
To the games pays to blame
To the freedom, make it rain, make it sane
Make it dance, not a chance, see her run
See her come, take her kindly
She is dark eyed, no soul, no soul
She is lifeline to the heartbeat
Can't feel the heartbeat

To the flowers, to the bunches,
To the lunches, to the punches
To the good, to the clean
And i'll be you're ugly
To the occasion, to the lie
Kiss beneath, bridge of size
Not some moaning, until they homing
And they spoil it all
Not some moaning, until they homing
Not some moaning, until they homing

To the good, to the clean
And i'll be you're ugly
To the occasion, to the lie
Kiss beneath, bridge of size
Not some moaning, until they homing
Not some moaning, until they homing

To the noose, to the neck, to the boost, to the check
To the micic, to the psychic, to the circuit
To the games pays to blame
To the freedom, make it rain, make it sane
Make it dance, not a chance, see her run
See her come, take her kindly
She is dark eyed, no soul, no soul
She is lifeline to the heartbeat
Can't feel the heartbeat

To the flowers, to the bunches,
To the lunches, to the punches