Algures a meio caminho entre o retrato prisional e a máfia, Audiard liga a vivência de cada um desses microcosmos e apresenta-nos um retrato fiel, duro e cruel de realidades que, no fundo, não são muito dispares.
Realista na violência como na sua antecipação, espera ou incerteza, sustenta-se e bem na realidade social actual, nos conflitos étnicos e raciais e até no tipo de herói, ambíguo, moralmente dúbio e ligeiramente estereotipado - "o outro" seja para quem for.
No fundo, após a adaptação à sociedade pós-terrorismo global instaurada, à consideração do que é a multiplicidade étnica na violência ou, talvez, de como o mundo sempre foi assim. De um lado os muçulmanos, do outro os corsos, do outro os africanos. Esta, queiramos quer não, é a era dos Muçulmanos ou pelo menos de... Tahar Rahim.
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