Thursday, December 03, 2009

Os limites da pachorra

Crítica (Versão 1):
Primeiro erro: a persistência patológica de evitar saber qualquer coisa mais por vezes dá nisto: ir ver
Os limites do controle como se fosse... um filme e não uma espécie de puzzle cinematográfico.
Depois, acerto! Não me apanham a tentar reconstruir o puzzle. Não sou dos que acham que um filme se resume em três itens: «story, story, story». Mas a sua ausência ou suposta para os que caíram no segundo erro e tentam a sua explicação ultrapassam os da paciência. Por isso nada tenho a explanar sobre o assunto. Caguei. Não vale a pena. Não é o Ghost dog - Parte 2. Se Lynch ainda me engana porque tem story, sound and image, aqui o que resta é: imagem. Os quatro cantos prefeitos, as linhas do enquadramento incompletas, a presença dos seus intervenientes.
Mas depois vem a petulância de muitas peças soltas e considerações cinéfilas ou científico-filosóficas imensamente pedantes, alguns fragmentos desgarrados insuportavelmente pretensiosos e um meio cheio de vácuo, abstracção e silêncio, quando não nos espetam com cantarolices parolas de nuestros hermanos. Xiça!
Salvam-se os dois cafés expressos em chávenas separadas por favor... que sirvam para vos manter acordado. Abrem-se muitas caixinhas de fósforos e assimilam-se não se processam as suas mensagens. Não. Não falo Espanhol. Isaach de Bankolé e seus fatos. Paz de la Huerta e Dejà-vú de viagens iniciáticas!

Crítica (Versão 2):
Curta, para os fãs do cadáver esquisito e de acordo com as instruções dadas no filme: "O universo não tem centro nem arestas. use as suas capacidades e use a sua imaginação."

Que filme brutal ao subverter o discurso convencional e desafiar a tirania do sentido!

No comments: