Monday, April 23, 2007

Míne e pires de marisco...

Os poucos que nos visitam, já deverão ter notado a escassez postiana que ultimamente tem assolado a trissomia.
Quim Zoofrénico e FP deixaram-nos temporariamente, devido a questões profissionais, mas sempre tendo em vista um bem maior! É que agora, através deles, o SadenaMarquise, encontra-se directamente ligado a duas das mais importantes agências noticiosas deste país. Entidades de tal forma importantes na informação dos portugueses (de momento não estou autorizado a divulgar a sua identidade) que, ao tomar conhecimento da potencialidade aqui demonstrada, neste primeiro ano, por estes nossos dois jornalistas, não olharam a meios nem esforços na colocação desta dupla nos seus quadros.
Assim, após termos sido o primeiro e direi único blog a alertar para o terrível vírus Lírio que assolou este mesmo espaço, surge agora a notícia, em primeira mão, obtida ao abrigo deste novo protocolo estabelecido.
"Um pires do marisco preferido do Pantera Negra foi a causa da sua recente intervenção cirúrgica."
Como se pode notar pela fotografia, foi uma pequena célula tremociana estragada, de tonalidade esverdeada, que degenerou, contaminando rapidamente as restantes com que se entretinha Eusébio, enquanto bebericava a sua míne, numa tarde de amena cavaqueira na Tia Matilde.
Esta foi a segunda causa conhecida de danos à artéria carótida interna esquerda devido a ateromas que atrofiam o fluxo sanguíneo e de oxigénio ao cérebro. A primeira ocorreu quando o passáro preferido de Paula Bobone se deu a conhecer a todos nós: a borboleta!

Thursday, April 12, 2007

Sim, Sr. Primeiro-Ministro!

"Quem teme as tempestades, acaba a rastejar".

Este homem sorri à tempestade e afronta com o olhar a luz do relâmpago!
Ah! Sousa Franco! Como, apenas citando Horácio, incentivas à comissão e coragem!
Vou tentar também:
“O merdeiro não é parvo: é negócio que os pais fizeram.”

Monday, April 02, 2007

Eis uma foto que gosto


Brutal! Finalmente, consegui uma foto do Zé, o Zé das Cabras. Mas atenção: Não o tratem por Zé das Cabras, pois ele não gosta. Fiquem-se pelo Zé, ok?! Ele enfurece-se, cospe, pega em pedras e atira-nos da forma atabalhoada que a sua digníssima postura de clochard lhe permite. Nunca sem um: «Vai pó caralho!», ou não fosse ele uma daquelas figuras que dão aquele toque e cor tão ímpares ao nosso espaço público.
E de onde terá ele vindo? Terá sido da Nau dos Loucos - Stultifera Navis, retratada por Bosch, que transportava as criaturas mais bizarras e loucas, aportando-as posteriormente nas mais diversas cidades europeias? Pela minha parte, é uma hipótese a não descurar, pois quero enriquecer o meu imaginário com todos estes seres fantásticos vindos da margem, e confessar que simbolicamente também lá me situo.
Stultifera Navis: A loucura confere a sua força à razão. Tempos idos. O classicismo reforçou e vincou uma fronteira entre a razão e as desconcertantes viagens da imaginação, que antes fluía com pouca espessura. Num território bem delimitado e ordenado, tudo foi classificado: loucos, vagabundos, histéricos, prostitutas, libertinos, espíritos arruinados, dementes, e alucinados entraram na categoria dos desrazoados - "a-sociais" diante do grande edifício ético, e não menos monótono, da cidade e do Estado burgueses.
Empobrecimento da vida numa ética que enaltece as virtudes do tédio e do enraizamento? Sim, e por que não?! E...sim, porque na ânsia de tudo classificar, remetemos para a margem tudo o que nos horroriza, por sabermos precisamente que algo disso também está contido em nós - o impulso e o apelo demente das forças "malditas" da natureza. Só por isso, o Zé e outros como ele, também têm a sua história.