Wednesday, October 29, 2008

Tocqueville e a revolução

Os últimos dias levaram-me a leituras distintas. Uma delas, mais lúdica, é uma compilação de entrevistas ao Luiz Pacheco. A outra, mais sociológica, é a análise que Alexis Tocqueville faz da revolução francesa.

Na primeira, dado o carácter do autor da Comunidade, fiquei com a sensação que pertenço a uma geração agarrada às circunstâncias.

Na segunda, dada a dimensão clássica das análises do autor francês, fiquei com a sensação que pertenço a uma geração com pouca profundidade na perspectiva.

Thursday, October 23, 2008

Wednesday, October 22, 2008

Estate

Estate
Sei calda come i baci che ho perduto
Sei piena di un amore che è passato
Che il cuore mio vorrebbe cancellare
Estate
Il sole che ogni giorno ci scaldava
Che splendidi tramonti dipingeva
Adesso brucia solo con furore
Tornerà un altro inverno
Cadranno mille pètali di rose
La neve coprirà tutte le cose
E forse un po' di pace tornerà
Estate
Che ha dato il suo profumo ad ogni fiore
L' estate che ha creato il nostro amore
Per farmi poi morire di dolore
Estate

Drummond

"Eterno é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica"

Língua

Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosádia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixa os portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira!
Fala!

Monday, October 20, 2008

Orelha negra de curiosidade...

Revisto o filme da peça de John Guare.
Existe uma conexão entre as pessoas? Que vidas estarão ligadas a ti? Dizem que, neste planeta, as pessoas estão conectadas umas às outras por cadeias de seis pessoas, o que significa que ninguém permanece no anonimato…

Saturday, October 18, 2008

Friday night lights


A razão para conhecer o filme (que não vale) e dar uma hipótese à série (que se entranha) foi sentir, logo da primeira vez que ouvi, a energia e versatilidade que a banda-sonora imprimia às imagens largadas por uma câmara desinteressada, a documentar. Assombrosa a forma como estes instrumentais colocam-me em sentido a tentar entender um desporto que nem sequer aprecio. Your hand in mine...

Friday, October 17, 2008

Beat on the brat
Beat on the brat
Beat on the brat with a baseball bat

Oh yeah, oh yeah, uh- oh
What can you do?
What can you do?

With a brat like this always on your back

What can you do?

(lose? )

Thursday, October 16, 2008

Tempus fugit

"Que era é esta em que nós vivemos? Quais são as nossas reais opções? Como devemos pesar essas opções?
Escolhemos caminhos, cheiros, sítios que podem ser opções, probabilidades de uma vida em linha continua. Mas neste tempo fantástico, de criatividade sem limites e sem fronteiras, saberemos, nós, estar no sitio certo e no momento certo para olhar e contemplar? Sim, porque no tempo que vivemos, esta precisa coordenação é tudo o que precisamos para receber. Muita coisa mudou e há muita mais por mudar.
Mas por favor, estes livros, discos, cinema, pintura, dança ou arquitectura, estas pessoas que me rodeiam, estas cidades, estes países de oriente a ocidente, estes novos caminhos, digitais ou não, que se abriram, são particularmente fantásticos e devem ser admirados na mesma proporção das dificuldades que ultrapassamos para a eles chegarmos. A dificuldade é mesmo seleccionar e ter tempo para alcançar, porque a única grande limitação da nossa era começa a ser mesmo o tempo.
Pode estar quase tudo mal mas se chegamos a este ponto algo de correcto já foi feito.
O tempo oferece."

Monday, October 13, 2008

E o Estado mínimo?

Os liberais sempre foram avessos à intervenção do Estado na economia: iniciativa privada, regresso às funções do Estado definidas por Hobbes, etc., etc., etc. Em suma, o famoso Estado mínimo em contraponto com o Estado social que, em rigor, nunca existiu em Portugal (eu, pela minha parte, defenderia um Estado nulo, num feliz registo anárquico). Mas agora esses mesmos liberais, como é o caso do vice-presidente do PSD, aplaudem a medida do ministro Teixeira dos Santos, que acaba de anunciar 20 mil milhões de euros em garantias às operações de financiamento das instituições financeiras.

O ministro das finanças diz: «Se, por acaso, houver um incumprimento [por parte de algum banco que tenha contraído crédito de outra instituição], o Estado chama a si essa responsabilidade». (citação retirada do Sol). Ou seja, durante os últimos anos, para manter o funcionamento de uma economia baseada na irresponsável e laxista cultura de endividamento dos portugueses, os bancos tiveram de recorrer sistematicamente a financiamentos da banca internacional e, agora, como se não bastasse, os portugueses contraem, no fundo, outro crédito, que é o do Estado estar a impedir com os seus impostos a derrocada do sistema financeiro. Talvez o mereçam. Mas não é isso que está em causa. É, isso sim, a coerência da direita que, em boa verdade, nunca existiu.

A falta de coerência traduz-se, claro está, em oportunismo. E as seguintes palavras de Tony Iltis só vêm reforçar essa convicção:

"However, the failure of this expensive government intervention to halt the global collapse of sharemarkets — and remove the spectre of a massive downturn in production, fuelling unemployment and poverty — reflects that the old orthodoxy has not, in fact, been overturned. The thrust of the “emergency” economic interventions has been to pump money into the finance industry in the hope that this will encourage the banks to restart the flow of credit to productive industry. The “hidden hand of the market” still reigns".

Thursday, October 09, 2008

Dr.

Tirando a noite em que o gozo foi à minha pala, devido aos meus excessos no 13 e perguntas sobre "família", pouco mais sabia do meu colega Dr. que as conversas de circunstância nessa noite e noutro jantar, mais as duas ou três diligências que efectuamos em Portimão.
Soube agora que após dois anos nesta terra, Setúbal foi o teu destino e Almada o da música, como frontman dos Dr. Estranho Amor.
Considerações à parte em termos musicais, aqui fica a minha pequena homenagem ao Proc. Luís - O porreiro.
Parabéns pela banda, pelo sucesso e pelo quarto que vem a caminho. Abraço e aparece!

Monday, October 06, 2008

Olé! Olé! Olé!

A propósito... era uma vez um Português na cena do apedrejamento quando lhe dizem... quem nunca falhou que atire! O Tuga manda logo uma certeira na cabeça e responde: a esta distância nunca falho!

Saturday, October 04, 2008

Thursday, October 02, 2008