Tuesday, January 22, 2008

Monday, January 21, 2008

Mais um serviço público... Sportinguista


Eu sou sportinguista de compromisso tácito
Coração verde e branco às riscas como um fanático
Vi o Sporting com mística, vi o Sporting apático
Chorei fracassos e conquistas desde Jordão a Sá Pinto
Hoje estou desapaixonado, desprendido, desinteressado
Já nem vejo os jogos na TV, muito menos me apanhas no estádio

O desinteresse começou esta temporada
Quando eu via o Sporting a levar abadas jornada após jornada
Com aquele futebol dormente, burocrático, improdutivo
Depois dizem-me que o Paulo Bento é muito táctico e científico?

Nah Paulo Bento ouve, tu és básico e ridículo
Inválido sem sentido, inábil e sem currículo
Vê se fazes um curso de treinador a sério Paulo
Porque esse teu esquema é burro nem quando ganhas tu tens mérito Paulo

Como é que podes um gajo como o Ronny a defesa esquerdo
Esse lateral vegetal que mal ataca, mal defende
Insonso e lento, só safa mesmo nos cruzamentos
Tonto e pachorrento como a passada dum jumento

Às vezes parece mesmo que esse teu cérebro só tem pó
Ninguém percebe como que pões a jogar um gajo como o Djaló Paulo
Diz-lhe que ele é tecnicamente um cataclismo
E que um campo de futebol n é uma pista de atletismo
Djaló, serias bom se isto fosse uma Liga de crianças
E se tivesses um talento do tamanho das tuas tranças

Baza Correr com o Paulo Bento
Lenços Brancos no ar, baza correr com o Paulo Bento
Baza correr com o Paulo Bento
Merecemos bem mais, baza correr com o Paulo Bento
Baza correr com o Paulo Bento
Tomates e assobios, baza correr com o Paulo Bento
Baza correr com o Paulo bento
Sportinguistas, baza correr com o Paulo Bento

Degradas o plantel com Farneruds e Pereirinhas
Não és treinador para este clube vai treinar o Fontainhas Paulo
A crise n é da agora desde o inicio que tu já vinhas mal
“É preciso tranquilidade”, acaba com essas ladainhas Paulo

Fizeram do Freitas bode expiatório
Como se fosse o Freitas a dar ordens no balneário
Assume a culpa a equipa não tem estratégia ofensiva
Só tens fé nesse losango suicida, nunca tens alternativa

O Porto já está a milhas há muito que saímos da briga
E dizes que ainda temos um grande objectivo, qual é? a Taça da liga??
Fizeste um plantel sem um único extremo de raiz
Nah, é o Pereirinha o nosso extremo de raiz

O Douala pertencia aos quadros até ao fecho do mercado
dispensaste-o como se o plantel já tivesse excesso de qualidade
Misturas a qualidade do Moutinho, Veloso e Romagnoli
Com a mediocridade do Farnerud, Djaló e Ronny

Tu sabes que em corridas de cavalos não se devem por poneys
Até me fazes ter saudades do Peseiro e do Boloni
Já chega Paulo, vê-se bazas daqui para fora
Antes que isto acabe mal com tomates na tua cara


Friday, January 18, 2008

04h48 / 5h26 (minutos atrás, portanto)

I've got a chance for a sweet saint life
I've got a dance and you'll do just fine
I've got a plan, look forward in my eyes

Wednesday, January 16, 2008

Tuesday, January 15, 2008

Preencher a quota de actualidade

Ota. Alcochete. BCP. ASAE. Referendo. Banco de Portugal. Constâncio. CMVM. Berardo. Santos Ferreira. Inflação. Europa. Tratado. Défice. PSD. Jornadas Parlamentares. Treta. Bagão. Santos Silva. RTP. Sarkozy. Carla Bruni. Casamento. ASAE. Paquistão. Buttho. Atentado. Afeganistão. Hotel. Atentado. ASAE. Obama. Clinton. Conservadores? Obama. Clinton. Bush. Irão. Anadia. Protesto. Évora. Explosão. Beirute. Darfur. África. Cimeira. Sucesso? Sócrates. Mentira. Sócrates. Justificação. Sócrates. Mentira. Sócrates. Má interpretação. Sócrates. Jamais. Jamais. Ota. Alcochete.

Pronto. Está satisfeito o desejo de actualidade para os leitores mais exigentes. Continuemos. Com a cabeça entre as orelhas.

Hoje, por volta das 23h09 (por exemplo, entre muitas outras ocasiões)


I'm caught in the flow of things
My memory's a broken machine
This is how my day begins
This is just one day unseen

Pode enviar a pergunta por mail?

É este um dos papéis da Sofias, das Anas, das Martas, da Ritas deste mundo. "Porquê, minha cara?", pergunto eu assim meio atrapalhado e ignorante. Já do outro lado ouve-se uma voz segura e plena de si: "Sabe, é que na nossa empresa gostamos de saber que perguntas é que os jornalistas fazem sobre tudo o que se passa cá dentro. Portando, se quer falar com o Zé sobre o assunto tem de enviar as questões". O que é o mesmo que dizer que o gajo com quem o jornalista pediu para falar não passa de um anormal ou de um imbecil. Sim, porque essas senhoras, do alto da sua capacidade estratégica, é que sabem o que deve passar cá para fora e o que transmite uma boa imagem da dita empresa, ou não vá o entrevistado deixar escapar um "estou com vontade de fazer cócó" à pessoa que está do outro lado...só, e repito o só, a tentar fazer o seu trabalho.

Ide fazer “follow up” para a p... que os pariu

Não vou aqui discursar sobre o papel das agências de comunicação nos actuais modelos de construção do espectro noticioso. Mas sempre posso dizer que começo a ficar convicto de que são muito mais os problemas causados na prática jornalística pelo aparecimento desta nova classe profissional, do que as virtudes que ela introduz em todo o sistema informativo.

Não, não sou um Manuel Maria. Mas posso ainda acrescentar que, à medida que cimento esta convicção, cresce também em mim uma ténue vontade de exprimir uma desconhecida faceta ditatorial. Que envolveria arames farpados, muros altos, casernas e quejandos. Um sítio assim “a dar para o menos simpático”, onde fosse possível acomodar os mangas de alpaca da informação, os spin doctors da treta, os estrategas do vazio, os estafetas da notícia.

Bem sei que há excepções. Mas, se escrevo isto, acreditem que estou num daqueles momentos em que não me poderia estar mais a borrifar para as excepções. Peço desculpa, mas agora comem todos por tabela. Amanhã, quem sabe, virei aqui escrever qualquer coisa mais agradável, contar uma história fixolas, recordar uma conversa interessante com alguém desse meio.

Mas por agora, enquanto não me passar o choque de ter recebido um press release sobre uma conferência de merda e, em simultâneo, um telefonema da pessoa que o enviou, a perguntar se o tinha recebido, se já o tinha lido e se ia estar presente “no evento”... peço desculpa. Até me ter passado esse choque, vão mas é todos comer merda num sítio distante. De preferência com arames farpados, muros altos, casernas...

Goodfellas 2001

Thursday, January 10, 2008

Ontem, algures entre as 16h37 e as 16h43...

You are hardcore, you make me hard.
You name the drama and I'll play the part.
It seems I saw you in some teenage wet dream.
I like your get up if you know what I mean.
I want it bad. I want it now.
Oh can't you see I'm ready now.

Para que conste

Hoje li pela primeira vez na minha vida a palavra "turné". Foi na página 110 da revista Sábado, a propósito de um artigo sobre um grupo de punk rock muçulmano que anda pelos Estados Unidos em tournée. Aliás, "turné".

'bora lá (foda-se)!

Ser sportinguista, nos dias que correm, não é tarefa fácil. A expressão "sofrer pelo sporting" está a ganhar contornos assustadores. É penoso. É uma depressão. É tudo tão triste que chega ao ponto de já não dar sequer para sonhar. Com títulos, matemáticas de vitórias em catadupa rumo à glória, contratações mirambolantes, milagres da bola. A realidade é tão dura que não abre uma nesga de espaço à imaginação.

Hoje, enquanto espreitava mais um capítulo desta miséria-em-actos-aparentemente-infinitos dei por mim a pensar seriamente nisto. Que gozo dá gostar de futebol quando não conseguimos sentir-nos parte do pulsar de um jogo? Que prazer nos pode dar uma coisa que se torna em sacrifício? Escusado será dizer que todo este negrume se desvaneceu quando me passou pela cabeça uma ideia: "E porque é que não vamos buscar o Futre para o lugar do Freitas na SAD?"

'bora lá, foda-se! Façam-me lá o favor de voltar a sentir-me adepto!

Wednesday, January 09, 2008

Destinado a grandes coisas... (aos incautos, contém spoiler)

Deliberadamente compassado, arriscados nos seus 160 minutos a desenvolver a morte de um dos ícones do faroeste e de certa forma os primórdios do mass media Americano, o culto da celebridade e os seus obsessivos efeitos, venham as nomeações... do também mais longo título do qual tenho memoría na história cinematográfica!
É que ao contrário de outras longas longas-metragens, ajuda a acompanhar uma banda-sonora de Nick Cave e a cinematografia daquele que ultimamente faz a dos irmãos Coen. Orquestram-se mudanças focais, filma-se por de entre um espelho antigo e obtem-se a luz necessária para colorir a história fazendo surgir imagens que retemos na memória... sempre adorei os comboios da época... sem falar no guarda-roupa.
Narrando de forma poética Pitt e Casey (o único actor do clã Affleck), é sobretudo nos silêncios que sentimos todo o peso das emoções, conflitos e contradições que carregam. Seja no estilo e presença que o primeiro sempre transmite ou naquela que é desde já a mais irritante performance do ano, ambos deixam marcas... mas vence este último pois ainda ouço aquela voz...
Depois venha a entourage: Sam Rockwell que se torna cada vez mais num luxo tê-lo como secundário e a mal aproveitada Mary-Louise Parker porque já a vi com uns fumos em cima e é pena tê-la apenas para decorar... o que já não é mau, mas a surpresa vai para o pixa pequena do grupo: Dick Liddl.
Um belíssimo filme para quem não procura os prazeres simples da gratificação instantânea dos tiroteiros ao pôr-do- sol. Aqui a tragédia é tratada de forma Shakespeareana e não como qualquer outro fora-da-lei.
Fico à espera do Director's cut de 3hr e 50min de um filme que nos diz tudo com o título e ainda assim nos surpreende no derradeiro momento. É como saber como acaba Control de Corbijn, mas ao contrário deste ainda assim ficar surpreendido com mais um...

... suicídio?

Por estes dias...

So What do you know?
You know nothing
But I'll still take you home

Autismos

Um blog fechado sobre si mesmo? Não. Um blog que recusa participar em fantochadas. Feliz Ano Novo o caralho. Já lá vão nove dias e por aqui continuamos orgulhosamente em 2007. E, para que conste, o nosso silêncio não traduz desleixo, traduz eloquência. É um statement.

Este é um blog que no Natal, por exemplo, não fala de rabanadas e paneleirices de amor e harmonia e paz. No Natal, este blog aborda idiossincrasias portimonenses. Fala de Fernandos. Não é um blog que faça balanços e rankings. Não distribui prémios. Repito: fala de Fernandos.

Este não é, portanto, um blog de modas. É um blog de merdas. Cenas. Coisas. Pós-moderno. Um blog de geração 3.0. Welcome.

(Ah, e antes que me esqueça, os meus pais querem convidar-vos para irem lá a casa jantar um fondue um fim-de-semana destes. Jorinhs, a tua Ana tá convidada. FP, não é por arranjares uma rameira qualquer à última hora que ela está automaticamente convidada.)