Tuesday, February 27, 2007

Room to Expand


Gorgeous

Monday, February 26, 2007

Mas não é a do quarto 2046...

... é a do Lost...

A minha nova Casta diva - Bai Ling

Ler

Uma boa leitura para relembrar o nojo em que as sociedades ocidentais se encontram. também está a ter o mérito de me fazer perceber por que razão as ciências sociais estão na indigência estatutária que se vê em Portugal. é que estes tipos falam de coisas chatas e que não dão votos nem audiências, e a malta prefere a análise circunstancial, com uma escrita limpa e clara para que todos interiorizem o que há a interiorizar.

O post 300 é meu


de vez em quando é bom mudar de rumo. sair do muito consensual good taste (lembremo-nos que na geração anterior dir-se-ia bon goût), para se perceber o que vai sendo feito de realmente novo na música. gosto de piano, de coisas experimentais e diferentes. se ouvir durante uma hora a mesma música sem me fartar é porque só pode ser boa. Hauschka - Room to Expand

Thursday, February 22, 2007

Wednesday, February 21, 2007

Vozes II - Thom Yorke (mas também o Stephen Hawking, todas as vozes computorizadas e até dos gajos que falam pela garganta)

Fitter, happier, more productive, comfortable, not drinking too much, regular exercise at the gym (3 days a week), getting on better with your associate employee contemporaries, at ease, eating well (no more microwave dinners and saturated fats), a patient better driver, a safer car (baby smiling in back seat), sleeping well (no bad dreams), no paranoia, careful to all animals (never washing spiders down the plughole), keep in contact with old friends (enjoy a drink now and then), will frequently check credit at (moral) bank (hole in the wall), favors for favors, fond but not in love, charity standing orders, on Sundays ring road supermarket (no killing moths or putting boiling water on the ants), car wash (also on Sundays), no longer afraid of the dark or midday shadows nothing so ridiculously teenage and desperate, nothing so childish, at a better pace, slower and more calculated, no chance of escape, now self-employed, concerned (but powerless), an empowered and informed member of society (pragmatism not idealism), will not cry in public, less chance of illness, tires that grip in the wet (shot of baby strapped in back seat), a good memory, still cries at a good film, still kisses with saliva, no longer empty and frantic, like a cat tied to a stick,that's driven into frozen winter shit (the ability to laugh at weakness).

Calm, fitter, healthier and more productive... a pig in a cage on antibiotics.


Tuesday, February 20, 2007

Novo anti-vírus





Este é um momento histórico. O Sadenamarquise, pela primeira vez na sua curta história, está em condições de editar uma cacha. Aqui vai:

Uma das mais conceituadas empresas de segurança informática anunciou hoje, em Lisboa, o lançamento de um anti-vírus para blogs, o lírio do campo. Segundo o director da multinacional, Pierre Celades, este dispositivo permite eliminar automaticamente todos os comentários indesejados e nefastos.

"É uma autêntica revolução. Um novo passo rumo à censura, visto que só serão admitidos comentários que contenham expressões como lírios do campo, passarinhos a chilrear e imagens com potes de ouro em arco-íris", afirmou.

Quem já manifestou agrado em relação ao "Lírio do Campo" foi o colunável Cláudio Ramos, ao dizer que esta é a única forma do seu blog conter comentários elogiosos por parte das suburbanas que o lêem. www.euclaudio.blogspot.com.
Texto: FP
Edição de Imagem: Jorinhs

Como é possível?


Há imagens que poupam o uso de qualquer palavra. Nem no Bingo do Sporting a distribuir cartões...

Quando já não há limites para a alarvidade

Este ano, o chantagista-mor da República decidiu mascarar-se de democrata e mostrar o seu inato desapego pelo poder. Quando já estava na expectativa de elogiar o rei boçal pela primeira vez, eis que o homem decide recanditar-se, atirando a seguinte preciosidade: "a Madeira não merece passar a ter um governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes a Lisboa". Alberto João Jardim, o rei boçal da terra das bananas.
E pergunto: como é que este singular energúmeno tem crédito para chamar inculto a quem quer que seja? Incultos e néscios, só ele e os sucedâneos que o elegem.

MOblog

Não é certamente tão bom como os blogues de cá, mas vale sempre a pena dar uma vista de olhos. Ironia 1, pluff. É de um senhor anarca, mas muito refinado. Muito bom pensador e não entra nos inchaços do ego como a malta da paróquia constantemente deslumbrada com as luzes da sua pequena ribalta. vejam:
Nota: Tivesse eu uns seios proeminentes e seria visto como uma criatura melhor informada. Ironia 2.

Monday, February 19, 2007

Estes vieram cá para o Carnaval...

"Isan use and endorse tea"

Vozes I

Para quem tirou certas conclusões com o post anterior... desengane-se... mas só um pouco. É que o exemplo dado tem tudo. Que música, que letra, que vídeo e que voz! Aconselho "One life away" do meu preferido "Transistor radio"... mas é tudo bom! É daqueles que se vier à terrinha, não perco por nada...

M. Ward - Chinese translation

What do you do with the pieces of a broken heart..?

Sunday, February 18, 2007

Cotovelada QuimZofrénica de bolso - O best of...

Era um cotovelo lindo! Para o comum dos mortais, poderia ser um cotovelo como qualquer outro. Puro engano. Este cotovelo era perfeito! Forte e vigoroso, a sua estrura óssea conferia-lhe um ar inquebrável, imponente, autoritário.
Ao encontrar o menino que gostava de enfiar a cabeça no congelador, disse-lhe para parar de lamber o gelo e começar naquele cotovelo, que ele não conseguia. O puto não quis. O cotovelo não gostou e fechou a porta do congelador. Adorava de tal forma aquela extremidade que sempre que não conseguia demonstrar o seu afecto com lambidelas de betoneira, enfurecia-se ao ponto de partir a cabeça do primeiro que se encontrava por perto.
A arma era de tal forma poderosa que decidiu colocar picos e tornar-se profissional. Só tinha um senão, o comichão! Por vezes a aflição levava-o desconcentrar-se e a falhar a cabeça que alvejara.
Conhecido desde então como Cotovelinhos, certo dia foi afogar as mágoas ao bar da esquina, após o seu ouriço ter acordado doente. Problemas de pele, desconfiou, pois da noite para o dia, o pobre bicho perdeu a quase totalidade dos picos que lhe preenchiam o pequeno e abalofado corpinho. Só restou um. No cima da cabeça. Tipo antena. Coitado do bicho queria agora ser muito aquele cotovelo. A ambição era tal que, perante a manifesta incapacidade de acançar os seus propósitos, o pobre ouriço passava os dias a choramingar pelos cantos da casa. Tornou-se um ouriço deprimido. Fez greve de fome, para sempre.
A cada golada de cerveja, já mal se aguentava no banco, alto, e esforçava-se por manter um periclitante equilíbrio, encostado ao balcão, com o apoio dos cotovelos calejados de tanto cotovelar. Decidiu que estava na hora. Tirou os picos, e deixou-os ao balcão que aquilo já lhe tava a magoar. "E que faço eu com esta merda? Agrafo-os ao ouriço?" Perguntou a Conchita. "Bem podes enfiá-los no cú!", respondeu ele, agoniado de ver o seu ensaguentado cotovelo, e claramente farto de estar ali. Levou dois tabefes e ficou de castigo durante duas semanas. Logo vi. Conchita jamai compr...
"Mas quem é o raio da Conchita?", perguntou o cotovelo ao narrador. E saiu, claramente incomodado com aquela dúvida enquanto coçava aquele prurido que lhe afectava o ângulo saliente da articulação do braço direito com o respectio antebraço. Nunca mais encontrou os picos.
Olhou para o despertador. Sete e trinta e quatro. AInda tinha mais 26 minutos de sono pela frente. Ajeitou as calças, apertadas na zona dos testículos, virou-se para o outro lado e adormeceu."Conchita, é hoje que te espeto uma queca!", é só tocar-lhe no umbigo, pensou.
Moral da história:"Nunca dês ouvidos a um repolho, perderias de vista os nenúfares! Fim Fom Fum!
Silêncio

Dos bons sentimentos

os gatinhos



Tia Cremilde, dito desta forma é difícil. Fico um pouco transtornado e, como a tia bem sabe, não é de ânimo leve que abro a boca, ainda mais quando acabei de ler Wittgenstein. é como se quisesse dizer tudo e as coisas me passassem ao lado. é como se quisesse transpor o inefável para as coisas práticas da vida...aliás, é querer falar, transimitir todos os bons sentimentos e, de repente, esbarrar com a minha boca cheia a cuspir miolos.



E é precisamente aí que não me compreendem. Enchessse a minha bagageira de gatos e estaria em condições de falar e não deitar assim tanto refugo da boca, como é habitual.


Tia cremilde, este é um registo telegráfico daquilo que em breve irei desenvolver, pois sei que sempre manisfestou preocupações elevadas quando me oferecia aquelas fatias de merda, perdão, de bolo de chocolate a dar para o ranço. E, apesar das cólicas, da danação que a coisa provocava, ao ponto de olhar com cínico constragimento para o meu estrebuchar no chão, reconheço hoje, sem qualquer ponta de ironia, que a tia Cremilde agiu sempre por bem. E quando as pessoas agem por bem não há ninguém que as possa repreender, não é? Como tal, nunca poderei ter nada com que a censurar. Repito: não é?

Thursday, February 15, 2007

Política pós-moderna

Nesta entrevista ao "El País", Carlos Ayala, presidente do partido Pirata, encarna em discurso directo os princípios de uma política pós-moderna: a neutralidade ideológica, a participação na decisão política por parte dos cidadãos e a constituição de um partido em torno de interesses muito localizados.
Embora a neutralidade ideológica esvazie a essência do político, o demos grego, como Zizek tem vindo a enunciar, é interessante seguir estas novas formas de participação, que constituem um sinal mais institucionalizado daquilo que já havia sido teorizado na década de 80 com a emergência das análises sociais do consumo.

Wednesday, February 14, 2007

Tic-Tac

FP, com o belíssimo post anterior, deste mais uma vez as horas erradas. Como relógio estragado que és, já acertaste por hoje com o teu clepe de S. Valentim. E não precisas de exemplificar tantas vezes num dia (como aconteceu hoje com a verborreia postal e comentária) o facto de não saberes a quantas andas.
Ainda me lembro do tempo em que, tal cuco, mandavas postas uma e única vez por dia. Aí, não havia como enganar. Hoje, retrocedes de tal forma os ponteiros que os diriges de forma reprovadora para os teus companheiros trissómicos.
Shame on you...;)

Tios Celerinos




E, por falar em Vila-Matas, parece que os restantes membros deste blog, sobretudo o Quim, foram atacados pelo mal do Tio Celerino e tornaram-se companheiros de Bartleby, calando-se para todo o sempre e não deixando mais rasto do seu génio criador.

Marmelos

Um blog diferente e interessante, nem que seja por ter logo no primeiro post o nome de Vila-Matas. De Manuel Jorge Marmelo, jornalista e escritor. Merece ser adicionado.

Socorro...


esta mulher andou a produzir clones.

Dia de S. Valentim




Nunca comemorei este dia parolo, porque em nenhum ano tive namorada no dia 14 de Fevereiro. Poderão estar a pensar: Coitado! Desenganem-se. É um motivo de orgulho, de enorme e pujante glória, de raça da minha individualidade solipsista.


Um dia quis comemorar, juntar-me ao rebanho, mas na altura a Francisca estava zangada (nome fictício) hormonalmente. Ainda me lembrei, inspirado por um filme do Woody Allen, de contratar uma puta espampanante para ir comigo comer um arroz Chau-Chau e uns "clepes".


A única puta com as características referidas recusou. Nesse dia estava de folga e também ia comer uns "clepes", mas com o namorado, o Quim Tó. A partir desse dia desisti, não por causa do Quim Tó, mas por achar que não há uma pessoa nem um dia exclusivos para amar. Muitos dias e muitas pessoas, isso sim!

A coerência de JMF

Alguns textos interessantes sobre a saída de Mário Mesquita do Público. Como sempre, a argumentação do director peca por excesso de coerência. Ironizo, claro. O que me parece óbvio é que este José Manuel é demasiado parecido com o outro, com a diferença que o JM sem pêra pisgou-se para Bruxelas. Será que não haverá um lugarzito assim a dar para o subalterno no gabinete de imprensa de Bush, onde o JM com pêra possa ser votado ao anonimato e à indiferença pública?!
"Todos os colunistas com ligações partidárias saíram" J.MF. dixit.
Parece que, invariavelmente, o solene Pacheco Pereira está acima destas medíocres questões partidárias, o que faz com que a sua "voz" funcione como incontornável instrumento de formatação da cabeça dos portugueses, permanentemente ciosos da já histórica servidão voluntária.

Tuesday, February 13, 2007

Partido

Descobri através da Lauren Hoffman que também ando um cadinh estragado... mas sempre com um sorriso... i'm a sucker for that!

Economia da Foda - sistemas abertos e sistemas fechados

Este conceito, que à partida pode ser considerado absurdo, não traz nenhuma novidade. Deriva da "economia libidinal" de Lyotard e utilizo-o aqui com o intuito de filiar-me na galeria dos escritores da foda, onde, entre outros, situou-se Charles Bukowsky.
A economia da foda, como a prefiro designar, tem uma relação muito estreita com a forma como as sociedades estão organizadas e, descendo a um nível mais micro, com as estruturas de parentesco e as relações económicas existentes num espaço e tempo determinados.
Assim, ao fugir de uma leitura substancialista do problema, assumo como válida toda a abordagem que apele à reconfiguração relacional da foda a partir das mudanças ocoridas num determinado sistema. Muito abstracto? Talvez. No entanto, se pensarmos na época em que a família nuclear constituía-se como a instituição basilar da sociedade, constatamos a existência de uma economia libidinal (da foda) mais estável e, quiçá, mais fechada, onde não existia espaço para uma troca mais fervilhante de fluidos. Estávamos na época em que a matriz produtiva sobrepunha-se à do consumo, o que fazia com que práticas mais libertinas, por motivos de marcação dos ritmos de produção económica, fossem reprimidas.
Actualmente, verifica-se o contrário. A matriz de consumo sobrepõe-se à da produção, o que faz com que as relações tenham uma estabilidade similar à lógica social do consumo. Desejo, consumo e deito fora - lógica fascinante do consumo. Não falo de mim, obviamente, mas de todos. Como tudo o que se baseia no fascínio, a duração relacional é breve, curta e instantânea. É radicalmente indexada ao prazer e ao efémero, e a um sistema de trocas bastante volátil. A relação torna-se mercantil, sem qualquer tipo de barreiras alfandegárias, em que, no caso de as haver, o preço a pagar pela importação, pela heterogeneidade de parceiros seria bastante elevado. Ou seja, quanto menos segmentada e estável nos seus ritmos é uma sociedade, maior será o preço ou a taxa a pagar pela mudança - impostos alfandegários, economia fechada, menos competitividade.
De modo inverso, quando uma sociedade funciona em ritmos acelerados, numa lógica de mudança permanente potenciada pelo consumo, maior será a tendência para encarar uma relação de modo semelhante à das acções bolsistas, em que teremos de estar sempre atentos relativamente ao período apropriado para as adquirirmos ou desfazermo-nos delas, de acordo com a ponderação custo-benefício. Já numa sociedade menos heterogénea, como aquela onde me encontro agora, os custos tributários são elevados. Constato, portanto, o predomínio de uma economia da subsistência, com umas couves produzidas no quintal - a mulher ou o homem bem guardados para consumo caseiro -, sobre uma sociedade altamente animada pelas cotações dos índices Nasdak e Dow Jones. Acham que estou a exagerar? Então pensem um bocadinho e vejam se tenho ou não razão.


Neste vídeo encontra-se a corroboração imagética do post anterior.

P.S. - Posted by Jorinhs but written by FP

O que devia ter sido mudado e não foi


Quanto ao resto, ainda não tenho uma opinião firmada. Apenas que o novo "logo" descaracteriza o jornal.
P.S. - Os editoriais merdosos a defender o Bush irão continuar, o que é uma pena.

Monday, February 12, 2007

"É um momento histórico!"

A frase foi dita pelo meu antigo professor das aulas práticas de Direito Penal, o jurista Fernando Silva, após entregar no Tribunal de Torres Novas a petição que pedia a libertação imediata do sargento Luís Gomes no caso Esmeralda.
"É a primeira vez na história da jurisprudência portuguesa em que um "habeas corpus" não é peticionado por uma pessoa, mas por dez ml", afirmou!
E, seria realmente histórico se a lei das Custas Judiciais fosse interpretada como o faz o Juiz Conselheiro Fisher Sá Nogueira, no programa Prós e Contras da RTP1, sobre o tema "Quem julga a justiça". Assim sendo, das cerca de 27.000 assinaturas recolhidas, 10.000 sortudos que perfizeram o número escolhido para dar entrada do habeas corpus para o pai adoptivo, incorreriam, cada um, no pagameno de custas no valor de 5 unidades de conta (480 euros), após o pedido ter sido indeferido pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Após a emoção inicial de ver o meu querido Prof. metido nesta embrulhada, devo dizer que não concordaria com a mesma. Não vos vou maçar com as legalidades inerentes à minha posição, direi apenas que seria uma decisão cega, injusta e desproporcionada.
Por outro lado, continuo na minha de que não perdi muito das suas aulas. Já na altura o achava um pavão à procura de protagonismo e penso que este caso serviu apenas para isso. Bem lembro que muitas das minhas colegas se derretiam por jovens assistentes universitários, bem parecidos e melhor falantes, de fato à medida e ego a condizer. E foi essa a mesma ideia com que fiquei, depois de reconhecê-lo em todos os canais televisivos, supostamente a insurgir-se contra uma injustiça clamorosa.
A ver vamos, se realmente se safou desta... caso não seja, louvo desde já a sua preciosa ajuda financeira à justiça portuguesa. É que sempre seriam € 4.800.000,00 por um processo!
É o amor à Justiça!

Uma bela imagem

Bela imagem de entrada no site do Honoré. Apenas a apontar a ausência do magnético Romain Duris.

The Magic Position


de consumo obrigatório em 2007. relativamente a este trabalho, apenas uma palavra: brilhante! "Magpie", a faixa mais bela do álbum, convida-nos constantemente ao ritual do recomeço. Ainda bem que o puto excêntrico está de volta.